sábado, 31 de julho de 2010

COMO SURGIU O HINO DA UMBANDA


Muitos conhecem, cantam ou já ouviram o Hino da Umbanda, uma canção que fala de paz e de amor, que faz com que nosso corpo se arrepie de emoção. Mas, infelizmente, sua origem é desconhecida por grande parte dos Umbandistas. Sendo assim, vamos aprender um pouquinho mais falando hoje sobre o surgimento desta obra prima.
O Hino da Umbanda foi composto na década de 60, há cerca de 46 anos, por um cego que em busca de sua cura foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Embora não tenha conseguido a cura por ser sua cegueira cármica, ficou apaixonado pela religião e escreveu uma canção para mostrar que poderia ver o mundo e nossa religião de outra maneira. Apresentou a composição ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou tanto que resolveu apresentá-la como Hino da Umbanda, o qual em 1961, no 2º Congresso de Umbanda, foi oficializado para todo o Brasil.
É importante saber que não se deve repetir a ultima estrofe do hino; que em sinal de amor e respeito pela religião coloca-se a mão direita sobre o peito e que, como para qualquer hino, não se deve bater palmas ao final de sua execução, as palmas acontecem quando saudamos a Umbanda

Refletiu a luz divina
com todo seu esplendor
É do reino de Oxalá
onde há paz e amor.
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo iluminar.
A Umbanda é paz e amor,
é um mundo cheio de luz,
é a força que nos dá vida
e a grandeza nos conduz.
Avante filhos de fé,
como a nossa lei não há,
levando ao mundo inteiro
a bandeira de Oxalá

PRECES


dezembro 14, 2009 in Ação de graças pelo bem concedido aos nossos inimigos, Paz, Preces | Tags: Preces, Doutrina Espírita Cristã, Espiritismo Cristão, preces espíritas, anjo guardião, anjo da guarda, espíritos protetores, Prece por alguém que esteja em aflição, Ato de submissão e de resignação, Oração para pedir a corrigenda de um defeito, Para pedir a corrigenda de um defeito, Ação de graças pelo bem concedido aos nossos inimigos | Deixar um comentário

PREFÁCIO

Não desejar mal aos seus inimigos é ser apenas meio caridoso. A verdadeira caridade quer que lhes almejemos o bem e que nos sintamos felizes com o bem que lhes advenha. (Cap. XII, nº 7 e nº 8.)

PRECE:
- Meu Deus, entendeste em tua justiça encher de júbilo o coração de N… Agradeço-te por ele, sem embargo do mal que me fez ou que tem procurado fazer-me. Se desse bem ele se aproveitasse para me humilhar, eu receberia isso como uma prova para a minha caridade.

Bons Espíritos que me protegeis, não permitais que me sinta pesaroso por isso. Isentai-me da inveja e do ciúme que rebaixam. Inspirai-me, ao contrário, a generosidade que eleva. A humilhação está no mal e não no bem; e sabemos que, cedo ou tarde, justiça será feita a cada um, segundo suas obras.

Prece contida na obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que pode ser baixada gratuitamente aqui (Domínio Público).

Por favor, ore conosco.

Confira nossa coletânea de preces clicando aqui.

Ação de graças pelo bem concedido aos nossos inimigos
junho 15, 2009 in Ação de graças pelo bem concedido aos nossos inimigos, Paz, Preces | Tags: Ação de graças pelo bem concedido aos nossos inimigos, anjo da guarda, anjo guardião, Ato de submissão e de resignação, Doutrina Espírita Cristã, espíritos protetores, Espiritismo Cristão, Oração para pedir a corrigenda de um defeito, Para pedir a corrigenda de um defeito, Prece por alguém que esteja em aflição, Preces, preces espíritas | Deixar um comentário

PREFÁCIO

Não desejar mal aos seus inimigos é ser apenas meio caridoso. A verdadeira caridade quer que lhes almejemos o bem e que nos sintamos felizes com o bem que lhes advenha. (Cap. XII, nº 7 e nº 8.)

PRECE:
- Meu Deus, entendeste em tua justiça encher de júbilo o coração de N… Agradeço-te por ele, sem embargo do mal que me fez ou que tem procurado fazer-me. Se desse bem ele se aproveitasse para me humilhar, eu receberia isso como uma prova para a minha caridade.

Bons Espíritos que me protegeis, não permitais que me sinta pesaroso por isso. Isentai-me da inveja e do ciúme que rebaixam. Inspirai-me, ao contrário, a generosidade que eleva. A humilhação está no mal e não no bem; e sabemos que, cedo ou tarde, justiça será feita a cada um, segundo suas obras.

Prece contida na obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que pode ser baixada gratuitamente aqui (Domínio Público).

Por favor, ore conosco.

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Ação de graças pelo bem concedido aos nossos inimigos
janeiro 5, 2009 in Ação de graças pelo bem concedido aos nossos inimigos, Paz, Preces | Tags: Ação de graças pelo bem concedido aos nossos inimigos, anjo da guarda, anjo guardião, Ato de submissão e de resignação, Doutrina Espírita Cristã, espíritos protetores, Espiritismo Cristão, Oração para pedir a corrigenda de um defeito, Para pedir a corrigenda de um defeito, Prece por alguém que esteja em aflição, Preces, preces espíritas | Deixar um comentário

PREFÁCIO


Não desejar mal aos seus inimigos é ser apenas meio caridoso. A verdadeira caridade quer que lhes almejemos o bem e que nos sintamos felizes com o bem que lhes advenha. (Cap. XII, nº 7 e nº 8.)



PRECE:


- Meu Deus, entendeste em tua justiça encher de júbilo o coração de N… Agradeço-te por ele, sem embargo do mal que me fez ou que tem procurado fazer-me. Se desse bem ele se aproveitasse para me humilhar, eu receberia isso como uma prova para a minha caridade.



Bons Espíritos que me protegeis, não permitais que me sinta pesaroso por isso. Isentai-me da inveja e do ciúme que rebaixam. Inspirai-me, ao contrário, a generosidade que eleva. A humilhação está no mal e não no bem; e sabemos que, cedo ou tarde, justiça será feita a cada um, segundo suas obras.





Prece contida na obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que pode ser baixada gratuitamente aqui (Domínio Público).





Ore conosco – todas as segundas-feiras, uma nova prece.



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Defumador e Seus Fundamentos na Umbanda


DEFUMADOR

Desde que se observa o surgimento do elemento fogo na humanidade, a queima de ervas e resinas é atribuída a possibilidade da modificação ambiental.

Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas, usa-se também desse expediente, ao qual chamamos de Defumador, que tem a função precípua de equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade.

O defumador pode ser de três tipos, à saber:

Mantenedor do Equilíbrio
Positivador do Equilíbrio
Negativador do Equilíbrio
Mantenedor do equilíbrio: tem por finalidade reforçar o equilíbrio já existente no ambiente, e para tal serão usadas as seguintes essências: Incenso, Benjoim e Mirra.

Positivador do equilíbrio: tem por finalidade reforçar a parte positiva, para equilibrar as negativações, principalmente se existirem assistentes externos à corrente fraterna, e para tal serão usadas as seguintes essências: Alecrim, Incenso e Benjoim.

Negativador de equilíbrio: tem por finalidade negativar totalmente o ambiente, reforçando a parte negativa. Por motivos de segurança, e para evitar que um leitor se quede à fazê-lo, deixamos propositadamente de dar as essências necessárias, o que só poderá ser ministrado à alguns, e escolhidos a dedo.

NOTA: Nos defumadores acima descritos, poderão ser adicionadas conforme a intenção, ervas dos ORIXÁS, porém, para que possam realmente surtir o efeito descrito, deverão manter no cerne, as essências preconizadas, para cada necessidade.


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AMACI


O Amaci é um ritual umbandista, onde anualmente os médiuns iniciantes e os mais antigos da corrente devem passar por ele, porém para o iniciante o banho será um, e para o médium coroado será outro. Este ritual tem a finalidade de preparar o médium para receber as energias vibrantes do terreiro, além de oferecer ao filho de fé a limpeza de seu campo áurico, bem como confirmar as entidades trabalhadoras da coroa daquele médium.


Também visa propiciar ao médium maior contato com seus Orixás de Coroa, pois que para seu preparo será de praxe, que o dirigente do templo colha as ervas de todos os Orixás, uma de cada pelo menos, e coloque-as quinadas dentro do preparo que será feito com as quatro águas (mar, cachoeira, chuva e fonte/mineral), com 3 (três) dias de antecedência à Gira do Amaci.. Em algumas Casas, tem-se por costumeiro incluir bebidas alcoólicas, porém em nossa CCCJ, trabalhamos apenas com as quatro águas, e as ervas quinadas.


No ritual, cada médium em fila deve estar trajado de branco e cada um com seu respectivo pano de cabeça, para que após a lavagem da mesma, seja esta protegida pelo pano.


Após o banho ser jogado na cabeça do filho de fé, dois cambonos são os reponsáveis por colocar o pano de cabeça no médium, que em silêncio absoluto, repousará deitado em esteira por mais de 7(sete) minutos, afim de manter-se em harmonia com a energia transmitida. Essa é a regra, destinada para os médiuns iniciantes da CCCJ, sendo portanto, nosso Caboclo Chefe o responsável por jogar a água no orí do médium, iniciante ou coroado.


No tocante aos médiuns coroados, o Amaci será preparado com as quatro águas, e as ervas de todos os Orixás quinadas, além das favas (sementes/frutos) dos Orixás da Coroa (Pai e Mãe) e do adjunto, perfazendo então a quantidade de três favas, sendo cada uma ralada pelo próprio filho coroado, que após estarem em pó, devem ser misturadas ao Amaci, que permacerá intacto até seu uso, tornando-se então, um banho exclusivo para aquele médium coroado.

Outros maiores cuidados se requerem do médium coroado, como por exemplo o seu resguardo íntimo e suas vibrações no momento de se ralarem as favas, devem ao ralar, aceder 3 (três) velas brancas, sendo uma para o Orixá Pai, outro para a Mãe o a outra para o Adjunto, e ao final da queima, as mesmas devem ser despachadas no mato/mata.

Jogado o preparado sobre a cabeça do médium coroado, o procedimento ser o mesmo, deve-se os cambonos amarrar o pano de cabeça, posteriomente deve-se deitar na esteira e por lá manter-se em concentração e meditação por mais de 7(sete) minutos. Outro ponto interessante e esclarecedor é que o Amaci pode ser jogado da cabeça aos pés.


Importante salientar que tanto para os médiuns iniciantes como para os coroados, será indispensável que a energia do Amaci permaneça no campo áurico por pelo menos 24hs, e não mais de 72hs, sendo portanto recomendado que não se molhe a cabeça nas primeiras 24hs. Terminada a Gira do Amaci, podem os médiuns retirar seus panos de cabeça, salvo aqueles médiuns de incorporação que ao receberem suas entidades, retirarão para um melhor trabalho.


Frise-se que a Gira do Amaci tem outros fundamentos, que não me compete ao momento a divulgação, tais fundamentos referem-se aos pontos a serem cantados, ao ponto de firmeza que será riscado, ao defumador que nesta gira não será o habitual, além das firmezas outras que uma Casa de Umbanda deve ter nos dias de Amaci.

A ÁGUA NA UMBANDA


Para Kardec, a ação magnética produzida pelo agente encarnado (magnetizador), tanto pode produzir uma modificação nas propriedades da água, quanto no tocante aos fluidos orgânicos (ex: bile, linfa, líquido cefalorraquidiano, saliva, suco gástrico, sangue total, etc). O Espírito Lísias explica para André Luiz , que “… a água é veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Aqui (em Nosso Lar), ela é empregaguaada sobretudo como alimento e remédio”. Para o Espírito Bezerra de Menezes, “A água, em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora”.

NA UMBANDA, é um dos elementos naturais mais receptivos com uma energia altamente atratora e condutora, ela é utilizada nas quartinhas, nos copos de firmeza dos Anjos de Guarda, no batismo, em muitos rituais da Umbanda e principalmente pelos Guias Espirituais nos momentos onde há a necessidade de realizar grande limpeza, purificação e energização de nosso corpo astral e de nossa casa, afinal existem cargas e energias maléficas que somente esse elemento natural é capaz de desfazer, limpar e equilibrar.

ÁGUA DE MAR

Ótima para descarrego e para energização, batida contra as rochas e as areias da praia, vibra energia, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas. A energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais, principalmente sob a vibração de Yemanjá. Podemos ir molhando os chacras à medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença . No final, podemos dar um bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas espirituais e recarregando os Corpos de sutis energias. Ideal se realizado em mar com ondas. Saudemos Mamãe Yemanjá e todo o Povo do Mar.

ÁGUA DE CACHOEIRA

Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias, ao mesmo tempo em que limpamos toda a nossa alma, é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas. Além disso, é nas águas das cachoeiras que conseguimos retirar qualquer impregnação de sangue projetada em nosso corpo etérico. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas próximas de matas e sob o sol. Saudemos Mamãe Oxum e todo Povo d’água.

ÁGUA DE RIOS E LAGOAS

Tem também grande propriedade curadora e equilibradora. Se o rio tiver pouco movimento, quase parado, assim como a lagoa ou mangue, essa água tem uma energia decantadora e curadora. Saudemos Nanã Buruquê. Se o rio for bem movimentado com corredeiras, a energia da água é energética, equilibradora e reparadora. Saudemos Mamãe Oxum.

ÁGUA MINERAL

Água da pureza, do equilíbrio, da harmonização e da paz. Envolve nossos chacras desobstruindo-os e equilibrando- os. É uma água muito fácil de se encontrar, por isso aproveitem esse Axé. Saudemos Oxalá.

ÁGUA DE POÇO

É excelente nos casos de doenças, tanto no corpo espiritual como no corpo astral, pois tem uma grande energia transmutadora. Essa água está em contato com a terra, que é o agente mais poderoso de regeneração física absorvendo a energia ruim da área afetada colocando em seu lugar uma energia boa. A cura se processa graças a uma troca de energia devido a interação entre os componentes físico, químico e energético que a terra oferece. Saudemos Obaluayê.

ÁGUA DE CHUVA

É altamente energética e purificadora. É a água que entrou em estado de vaporização e absorve toda a energia do ar, quando novamente entra em outro estado de mudança e retorna ao estado liquido, caindo do céu sobre a terra. Por isso é utilizada justamente nos momentos em que precisamos de mudança. A água da chuva, quando cai é benéfica e pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai as vibrações negativas do local, sendo ótima também para banhos de descarrego e limpeza de ambientes, pois é ela que limpa as ruas e as encruzas carregando todas as vibrações dos trabalhos arriados nesses locais. Saudemos Yansã, Dona do tempo e das tempestades

Opçaõ pela Simplicidade


Opção pela Simplicidade




Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas. Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno. Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade. Viver com simplicidade é uma opção que se faz. Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas. A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si. Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima. Olvidam do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vãs. De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio? Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser. Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana. É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade. O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele. A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções. Ela experiencia a alegria de ser, apenas. Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância. Mas uma infância como virtude, não como estágio da vida. Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer. A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial. Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete... Tudo isso compõe a simplicidade do existir. Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz. Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta. Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso. É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se. Progredir sempre é uma necessidade humana. Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades. Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena. As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde. Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam. As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles. Preste atenção em como você gasta seu tempo. Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência. Experimente desapegar-se dos excessos. Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver.


Pense nisso.

Oração de São Francisco de Assis



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

CALENDÁRIO DAS FESTIVIDADES DE UMBANDA


20/01 Oxóssi – Orixá da caça, da busca e do conhecimento que habita nas matas. Elemento vegetal, ponto de força nas Matas. Dia de São Sebastião

23/04 Ogum – Orixá guerreiro, aquele que “quebra” demandas e abre caminhos com sua ordenação militar. Elemento Ar, ponto de força nos caminhos. Dia de São Jorge

24/05 Sta. Sara Kalí – Padroeira dos Ciganos - pode sincretizar com Egunitá

30/05 Obá – Orixá feminino de força e concentração, ajuda a dar determinação e conhecimento. Guerreira que também tem sua ligação com as matas e o elemento terra, ponto de força em contato com a terra próximo as matas. Dia de Joana DÁrc

24/06 Xangô – Orixá da Justiça dos raios e equilíbrio. Rege o elemento fogo, ponto de força pedreiras e montanhas. Dia de São João

26/07 Nanã Buroquê – Orixá da sabedoria da calma e evolução, é considerada a mais velha como uma avó. Elemento água e terra, ponto de força nos lagos. Dia de Santa Ana

16/08 Obaluayê – Orixá ancião da cura, sabedoria e evolução, senhor das passagens. Elemento terra e água, ponto de força no cemitério e no mar. Dia de São Roque

24/08 Oxumaré – Orixá do arco íris, amor e renovação, simbolizado por uma serpente. Elemento cristalino e mineral, ponto de força nas cachoeiras. Dia de São Brtolomeu

27/09 Cosme e Damião – Dia em que se comemora a presença das crianças na Umbanda. Elemento todos

12/10 Oxum – Orixá do amor, do ouro e da prosperidade. Elemento mineral e aquático, ponto de força nas cachoeiras. Dia de Nossa Senhora Aparecida

02/11 Omulú – Orixá ancião da terra, dos términos e da morte, também trás aspectos de cura como o “fim” da doença, ponto de força no cemitério e no mar. Dia de Finados

15/11Dia da Umbanda .
(15/11/1908 Zélio Fernandino de Moraes incorpora pela primeira vez o caboclo das sete encruzilhadas o que é considerado primeira manifestação pura de Umbanda)

04/12 Iansã – Orixá guerreira e da justiça, portadora de espada e direcionadora das situações. Elemento ar, ponto de força nas pedreiras. Dia de Santa Bárbara

08/12 Yemanjá – Orixá Mãe de todos, aspectos maternais, geradores e criativos. Elemento água, ponto de força no mar. Dia de Nossa Senhora da Conceição

25/12 Oxalá – É o Obatalá (Orixá que se veste de branco), o Orixalá (o maior dos Orixás). Orixá da fé, da paz e da pureza (alvura). Aparece sempre acima dos outros Orixás, no topo do altar, o que é facilmen

ERES - ESPIRITOS MAIS PUROS DE UMBANDA



São a alegria que contagia a Umbanda. Descem nos terreiros simbolizando a pureza, a inocência e a singeleza. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podemos pedir-lhes ajuda para os nossos filhos, resolução de problemas, fazer confidências, mexericos, mas nunca para o mal, pois eles não atendem pedidos dessa natureza. São espíritos que já estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria, foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança, o gosto por brinquedos e doces.
Assim como todos os servidores dos Orixás, elas também tem funções bem específicas, e a principal delas é a de mensageiro dos Orixás, sendo extremamente respeitados pelos caboclos e pelos pretos-velhos. É uma falange de espíritos que assumem em forma e modos, a mentalidade infantil. Como no plano material, também no plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. É a única linha em que a comida de santo (Amalás), leva tempero especial (açúcar). É conhecido nos terreiros de Nação e Candomblé, como (ÊRES ou IBEJI). Na representação nos pontos riscados, Ibeji é livre para utilizar o que melhor lhe aprouver. A linha de Ibeji é tão independente quanto à linha de Exu. Ibeijada, Erês, Dois-Dois, Crianças, Ibejis, são esses vários nomes para essas entidades que se apresentam de maneira infantil.
No Candomblé, o Erê, tem uma função muito importante. Como o Orixá não fala, é ele quem vem para dar os recados do pai. É normalmente muito irrequieto, barulhento, às vezes brigão, não gosta de tomar banho, e nas festas se não for contido pode literalmente botar fogo no oceano. Ainda no Candomblé, o Erê tem muitas outras funções, o Yaô, virado no Erê, pode fazer tudo o que o Orixá não pode, até mesmo as funções fisiológicas do médium, ele pode fazer. O Erê muitas vezes em casos de necessidade extrema ou perigo para o médium, pode manifestar-se e trazê-lo para a roça, pegando até mesmo uma condução se for o caso.
Na Umbanda mais uma vez, vemos a diferença entre as entidades/divindades. A Criança na Umbanda é apenas uma manifestação de um espírito cujo desencarne normalmente se deu em idades infanto-juvenis. São tão barulhentos como os Erês, embora alguns são bem mais tranqüilos e comportados. No Candomblé, os Erês, tem normalmente nomes ligados ao dono da coroa do médium. Para os filhos de Obaluaiê, Pipocão, Formigão, para os de Oxossi, Pingo Verde, Folinha Verde, para os de Oxum, Rosinha, para os de Yemanjá, Conchinha Dourada e por ai vai. As Crianças da Umbanda tem os nomes relacionados normalmente a nomes comums, normalmente brasileiros. Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho, Cosminho, etc…
As crianças de Umbanda comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas, os Erês do Candomblé além desses, comem frangos e outras comidas ritualisticas como o Caruru, etc… Isso não quer dizer que uma Criança de Umbanda não poderá comer Caruru, por exemplo. Com Criança tudo pode acontecer. Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras (arte) como qualquer criança. É necessária muita concentração do médium (consciente), para não deixar que estas brincadeiras atrapalhem na mensagem a ser transmitida. Os “meninos” são em sua maioria mais bagunceiros, enquanto que as “meninas” são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc… Estas características, que às vezes nos passam desapercebido, são sempre formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência. Os pedidos feitos a uma criança incorporada normalmente são atendidos de maneira bastante rápida. Entretanto a cobrança que elas fazem dos presentes prometidos também é. Nunca prometa um presente a uma criança e não o dê assim que seu pedido for atendido, pois a “brincadeira” (cobrança) que ela fará para lhe lembrar do prometido pode não ser tão “engraçada” assim. Poucos são aqueles que dão importância devida às giras das vibrações infantis. A exteriorização da mediunidade é apresentada nesta gira sempre em atitudes infantis. O fato, entretanto, é que uma gira de criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente seja realizada em dias festivos, e às vezes não consegamos conter os risos diante das palavras e atitudes que as crianças tomam. Mesmo com tantas diferenças é possível notar-se a maior características de todos, que é mesmo a atitude infantil, o apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas, como os quais fazem as festas nos terreiros, com as crianças comuns que lá vão a busca de tais brinquedos e guloseimas nos dias apropriados. A festa de Cosme e Damião, santos católicos sincretizados com Ibeiji, à 27 de Setembro é muito concorrida em quase todos os terreiros do pais. Uma curiosidade: Cosme e Damião foram os primeiros santos a terem uma igreja erigida para seu culto no Brasil. Ela foi construída em Igarassu, Pernambuco e ainda existe. Não gostam de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões. Preferem as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano. Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. Muitas entidades que atuam sob as vestes de um espírito infantil, são muito amigas e têm mais poder do que imaginamos. Mas como não são levadas muito a sério, o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos.

MAGIA DA CRIANÇA

O elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são… todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos. Eles manipulam as energias elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem. Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa, atuam em qualquer tipo de trabalho, mas, são mais procurados para os casos de família e gravidez. A Falange das Crianças é uma das poucas falanges que consegue dominar a magia. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozar a imunidade própria dos inocentes. A entidade conhecida na umbanda por erê é assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas -o refrigerante e trata a todos como tio e vô. Os erês são, via de regra, responsáveis pela limpeza espiritual do terreiro.

ONDE MORAM AS CRIANÇAS

A respeito das crianças desencarnadas, passamos a adaptar um interessante texto de Leadbeater, do seu livro “O que há além da Morte”. “A vida das crianças no mundo espiritual é de extrema felicidade. O espírito que se desprende de seu corpo físico com apenas alguns meses de idade, não se acostumou a esse e aos demais veículos inferiores, e assim a curta existência que tenha nos mundos astral e mental lhe será praticamente inconsciente. Mas o menino que tenha tido alguns anos de existência, quando já é capaz de gozos e prazeres inocentes, encontrará plenamente nos planos espirituais as coisas que deseje. A população infantil do mundo espiritual é vasta e feliz, a ponto de nenhum de seus membros sentir o tempo passar. As almas bondosas que amaram seus filhos continuam a amá-los ali, embora as crianças já não tenham corpo físico, e acompanham-nas em seus brinquedos ou em adverti-las a evitar aproximarem-se de quadros pouco agradáveis do mundo astral.” “Quando nossos corpos físicos adormecem, acordamos no mundo das crianças e com elas falamos como antigamente, de modo que a única diferença real é que nossa noite se tornou dia para elas, quando nos encontram e falam, ao passo que nosso dia lhes parece uma noite durante a qual estamos temporariamente separados delas, tal qual os amigos se separam quando se recolhem à noite para os seus dormitórios. Assim, as crianças jamais acham falta do seu pai ou mãe, de seus amigos ou animais de estimação, que durante o sono estão sempre em sua companhia como antes, e mesmo estão em relações mais íntimas e atraentes, por descobrirem muito mais da natureza de todos eles e os conhecerem melhor que antes. E podemos estar certos de que durante o dia elas estão cheias de companheiros novos de divertimento e de amigos adultos que velam socialmente por elas e suas necessidades, tomando-as intensamente felizes.” Assim é a vida espiritual das crianças que desencarnaram e aguardam, sempre felizes, acompanhadas e protegidas, uma nova encarnação. É claro que essas crianças, existindo dessa maneira, sentem-se profundamente entristecidas e constrangidas ao depararem-se com seus pais, amigos e parentes lamentando suas mortes físicas com gritos de desespero e manifestações de pesar ruidosas que a nada conduzem. O conhecimento da vida espiritual nos mostra que devemos nos controlar e nos apresentar sempre tranqüilos e seguros às crianças que amamos e que deixaram a vida física. Isso certamente as fará mais felizes e despreocupadas.

PRECE DE CÁRITAS

Deus, nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade, dai força àquele que passa pela provação, dai luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade!

Deus, Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.

Pai, Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, e ao órfão o pai!

Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo o que criastes. Piedade, Senhor, para aquele que Vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa Bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte a paz, a esperança e a fé.

Deus, um raio de luz, uma centelha do Vosso Amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão.

E um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh Poder!, oh Bondade!, oh Beleza!, oh Perfeição!, e queremos de alguma sorte merecer a Vossa Divina Misericórdia.

Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Imagem.

Fonte: Preces Espíritas, por Cairbar Schutel (Casa Editora O Clarim)

O Povo da Esquerda.





"Os Exus"


- Quem são os Exus ?
Ao contrário do que se pensa, os exus não são os diabos e espíritos malignos ou imundos que algumas religiões pregam, tampouco são espíritos endurecidos ou obsessores que um grande numero de espíritas crêem.
Os "diabos" ou demônios são seres mitológicos, já "desvendados" pela doutrina espirita, portanto, não existem.
Espíritos trevosos ou obsessores são espíritos que se encontram desajustados perante à Lei. Provocam os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espíritos que se comprazem na pratica do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio.
Aguardam, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente).
São conhecidos, pelos umbandistas, kimbandistas, etc., como kiumbas ou quiumbas. Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas.
Este baixo astral é uma enorme "egrégora" formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os kiumbas se comprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos.
O baixo astral, mesmo num imenso caos, tem diversas organizações, fortemente esquematizadas e hierarquizadas. Planos bem elaborados, mentes prodigiosas, táticas de guerrilhas, precisões cirúrgicas, exércitos bem aparelhados e treinados, compõe o quadro destas organizações.
Muito delas, agem na plena certeza de cumprirem os desígnios da Lei Divina, onde confundem a Lei da Ação e Reação com o "olho por olho, dente por dente". Vingam-se pensando que fazem a coisa certa.
Algumas agem no mal, mesmo sabendo que estão contra a Lei, mas enquanto a vingança não se consumar, não haverá trégua para os seus "inimigos". Acham que não plantam o mal, nem que a Reação se voltará mais cedo ou mais tarde.
Cada mal praticado por um espirito, o leva a cada vez mais para "baixo". As quedas são freqüentes e provocam mais e mais revoltas.
Alguns espíritos caem tanto que perdem a consciência humana, transformando-se (ou plasmando) os seus corpos astrais (perispíritos) em verdadeiras feras, animais, bestas e assim são usados por outros espíritos como tais. Alguns transformam-se em lobos, cães, cobras, lagartos, aves, etc.
Outros espíritos chegam ao cúmulo da queda que perdem as características humanas, transformando os seus perispíritos em ovóides. Esta queda, provoca além da perda de energias, a perda da consciência.
Ficam também subjugados por outros espíritos.
Apesar de todo este quadro, pouco esperançoso, das trevas. Mesmo sabendo que no nosso orbe o mal prevalece sobre o bem, há também o lado da Luz, da Lei, do Bem. E este lado é tão e mais organizado que as organizações das trevas.
Existem, também, diversas organizações, com variados trabalhos e ações, mas com um único objetivo de resgatar das trevas e do mal, os espíritos "caídos".
Vemos colônias espirituais, hospitais no astral, postos avançados da Luz nos Umbrais, caravanas de tarefeiros, correntes de cura, socorristas, etc., afeitos e afinizados aos trabalhos dos centros espiritas.
Vemos também, outros trabalhadores espirituais, ligados aos cultos afros. Seja na Umbanda, Candomblé, Kimbanda, etc.
Especificamente, na Umbanda, vemos através das Sete Linhas, vários Orixás hierarquizados. Existem vários níveis na hierarquia dos Orixás. Começando pelos mais altos espíritos, que estão próximos do Criador, até os Orixás Menores ou Planetários (aqueles que são ligados e responsáveis por cada orbe, pela sua evolução).
Temos como exemplo de Orixá Menor, o próprio Mestre Jesus, que está na linha de Oxalá e é considerado Oxalá, mas como Orixá Menor.
Mesmo sendo Orixás Menores, este espíritos são de alta escol.
Abaixo destes Orixás, estão os chefes de legiões e suas hierarquias, Estes espíritos "chefes" usam as três roupagens básicas : Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças.
Apenas na linha de Yorimá ou Obaluaie manifestam os pretos-velhos.
Na linha de Yori ou Ibeji as crianças.
Nas demais linhas (Oxalá, Oxossi, Ogum, Xangô e Yemanjá) manifestam-se os Caboclos.
Outras entidades tais como : baianos, boiadeiros, marinheiros, ondinas, sereias, iaras, etc., são espíritos que compõe as sub-linhas afeitas e subordinadas à sete linhas e aos chefes de legiões.
Alguns caboclos, crianças ou pretos-velhos, às vezes, usam algumas destas roupagens para determinados trabalhos ou missões.
Como em nosso Universo (Astral) as manifestações se dividem em duas e manifestam-se como pares : positivo-negativo, ativo-passivo, masculino-feminino, etc.
A Umbanda que é paralela ativa, tem como par passivo a Kimbanda (não confundir com a kiumbanda, que é a manifestação das trevas).
A Kimbanda, que é a força paralela passiva da Umbanda, força equilibradora da Umbanda. A Kimbanda - São os Sete Planos Opostos da Lei, é o conjunto oposto da Lei. Quando falo em "oposto" à Lei, não quero dizer aquilo que está em desacordo à Lei, mas a maneira oposta de como a Lei é aplicada. Na Kimbanda que os Exus se manifestam, a Kimbanda, portanto é o "reino" dos Exus.
Os Exus são os "mensageiros" dos Orixás aqui na Terra. Através deles, os Orixás podem manifestarem-se nas trevas. Então, para cada chefe de falange, sub-chefe, etc., na Umbanda, temos uma entidade correspondente (ou par) na Kimbanda.
Os exus, são considerados como "policiais", que agem pela Lei, no sub-mundo do "crime" organizado. As "equipes" de Exus sempre estão nestas zonas infernais, mas, não vivem nela. Passam, a maior parte do tempo nela, mas, não fazem parte dela. Devido a esta característica, os Exus, são confundidos com os kiumbas. Videntes os vêem nestes lugares e erroneamente dizem que eles são de lá.
Os Exus, estão também, divididos em hierarquias. Onde temos Exus muito ligados aos Orixás Menores até aqueles Exus ligados aos trabalhos mais próximos às trevas.
Os exus dividem-se hierarquicamente, em três planos ou três ciclos e em sete graus.
A divisão está formada "de cima para baixo" :
- TERCEIRO CICLO
Contém o Sétimo, Sexto e Quinto graus
Neste Ciclo, encontramos os Exus Coroados : são aqueles que tem grande evolução, já estão nas funções de mando. São os chefes das falanges. Recebem as ordens diretas dos chefes de legiões da Umbanda. Pouco são aqueles que se manifestam em algum médium. Apenas alguns médiuns, bem preparados, com enorme missão aqui na Terra, tem um Exu Coroado como o seu guardião pessoal. São os guardiões chefes de terreiro. Não mais reencarnam, já esgotaram há tempos os seus karmas.
Sétimo Grau - Estão os Exus Chefe de Legião e para cada Linha da Umbanda, temos Um Exu no Sétimo Grau, portanto, temos Sete Exus Chefes de Legião
Sexto Grau - Estão os Exus Chefes de Falange. São Sete Exus Chefes de Falange subordinados a cada Exu Chefe de Legião, portanto, temos 49 Exus Chefes de Falange.
Quinto Grau - Estão os Exus Chefes de Sub-Falange. São Sete Exus Chefes de Sub-Falange subordinados a cada Exu Chefe de Falange, portanto, são 343 Exus Chefes de Sub-Falange.
-SEGUNDO CICLO
Contém o Quarto Grau
Exus Cruzados ou Batizados : são subordinados dos Exus Coroados. Já tem a noção do bem e do mal. São os exus mais comuns que se manifestam nos terreiros. Também, tem funções de sub-chefes. Fazem parte da segurança de um terreiro. O campo de atuação destes exus está nas sombras (entre a Luz e as Trevas). Estão ainda nos ciclos de reencarnações.
Quarto Grau - Estão os Exus Chefes de Agrupamento. São Sete Exus Chefes de Agrupamento e estão subordinado a cada Exu Chefe de Sub-Falange, portanto, são 2401 Exus Chefes de Agrupamento.
- PRIMEIRO CICLO
Contém o Terceiro, Segundo e Primeiro Graus
Temos dois tipos de Exus neste ciclo :
Exus Espadados - São subordinados do Exus Cruzados. O seu campo de atuação encontra-se entre as sombras e as trevas.
Exus Pagãos - São subordinados aos exus de nível acima. São aqueles que não tem distinção exata entre o bem e o mal. São conhecidos, também como "rabos-de-encruza". Aceitam qualquer tipo de trabalho, desde que se pague bem. Não são confiáveis, por isso.
São comandados de maneira intensiva pelos Exus de hierarquias superiores. Quando fazem algo errado, são castigados pelos seus chefes, e querem vingarem-se de quem os mandou fazer a coisa errada.
São ex-kiumbas, capturados e depois adaptados aos trabalhos dos Exus.
O campo de atuação dos Exus Pagãos, é as trevas. Conseguem se infiltrar facilmente nas organizações das trevas.
São muito usados pelos Exus dos níveis acima, devido esta facilidade de penetração nas trevas.
Terceiro Grau - Estão os Exus Chefes de Coluna. São Sete Exus Chefes de Coluna e estão subordinados a cada Exus Chefes de Agrupamento, portanto, são 16807 Exus Chefes de Coluna.
Segundo Grau - Estão os Exus Chefes de Sub-Coluna. São Sete Exus Chefes de Sub-Coluna e estão subordinados a cada Exu Chefe de Coluna, portanto, são 117649 Exus Chefes de Sub-Coluna.
Primeiro Grau - Estão os Exus Integrantes de Sub-Colunas e são milhares de espíritos nesta função.
Os Exus, em geral, sob a nossa ótica, não são bons nem ruins, são apenas executores da Lei. Ogum, responsável pela execução da Lei, determina as execuções aos Exus.
A maneira dos Exus atuarem, às vezes nos chocam, pois achamos que eles devem ser caridosos, benevolentes, etc. Mas, como podemos tratar mentes transviadas no mal ? Os exus usam as ferramentas que sabem usar : a força, o medo, as magias, as capturas, etc. Os métodos podem parecer, para nós, um pouco sem "amor", mas eles, sabem como agir quando necessitam que a Lei chegue nas trevas.
Eles ajudam aqueles que querem retornar à Luz, mas não auxiliam aqueles que querem "cair" nas trevas.
Quando a Lei deve ser executada, Eles a executam da melhor maneira possível doa a quem doer.
Há um ditado muito providencial que diz :
"Cuidado com o que se pede a um Exu, pois poderá ser atendido."
Ou seja, se um Exu se manifestar e pedirmos que ele faça o mal, ele poderá faze-lo, mas ou porque ele sabe que esse mal retornará a quem o pediu ou porque não tem noção do que está fazendo (um exu pagão).
Os exus, como executores da Lei e do Karma, esgotam os vícios humanos, de maneira intensiva. Às vezes, um veneno é combatido com o próprio veneno, da mesma maneira que a picada de uma cobra venenosa. Assim, muitos vícios e desvios, são combatidos com eles mesmos. Um exemplo, para ilustrar :
Uma pessoa quando está desequilibrada no campo da fé, precisa de um tratamento de choque. Normalmente ela, após muitas quedas, recorre a uma religião e torna-se fanática, ou seja, ela esgota o seu desequilíbrio, com outro desequilíbrio : a falta de fé com o fanatismo. Parece um paradoxo ? Sim, parece, mas é extremamente necessário. Outro exemplo é o vicio às drogas, onde é preciso de algo maior para esgotar este vicio : ou a prisão, a morte, uma doença, etc.
A Lei é sempre justa, às vezes somente um tratamento de choque remove um espirito do mal caminho. E são os exus que aplicam o antídoto para os diversos venenos.
Os Exus, estão, ligados de maneira intensiva, com os assuntos terra-a-terra (dinheiro, disputas, sexo, etc.). Quando a Lei permite, Eles executam aos diversos pedidos materiais dos encarnados.
Os Exus tem sob o domínio todas as energias livres, contidas em :
sangue, cadáveres, esperma, etc.
Por isso, seus campos de atuação são : cemitérios, matadouros, prostíbulos, boates, necrotérios, etc. Eles lá estão, porque frenam (bloqueiam) as investidas dos kiumbas e espíritos endurecidos que se comprazem nos vícios e na matéria.
O kiumbas, seres astutos, conseguem se manifestar como um exu, num terreiro muito preso às magias negras e assuntos que nada trazem elevação espiritual. Ao se manifestarem, pedem inúmeras oferendas, trabalhos, despachos, em troca destes favores fúteis. Normalmente eles pedem muito sangue, bebidas alcóolicas e fumo. Chegam a enganar tanto (ou fascinar) que fazem as mulheres que procuram estes "terreiros", pagarem as suas "contas" fazendo sexo com o médium "deles". Ou seja, eles vampirizam o casal, quando o ato sexual se efetua.
Mas, e os verdadeiros exus deixam ?
É uma pergunta que comumente fazemos, quando estes disparates ocorrem.
Os exus, permitem isso, para darem lição nestes falsos chefes de terreiros ou médiuns. Como disse, os métodos dos exus, para fazer com que a Lei se cumpra, são variados.
Muitas vezes, também, a obsessão é tão grande e profunda que os exus, não podem separar de uma só vez obsedado e obsessor, pois isso causaria a ambos um prejuízo enorme.
Outras vezes, os exus, deixam que isso aconteça, para criar "armadilhas" contra os kiumbas, que uma vez instalados nos terreiros, são facilmente capturados e assim, após um interrogatório, podem revelar segredos de suas organizações, que logo em seguida, são desmanteladas. Alguns terreiros, depois disso, são também desmantelados pelas ações dos exus, causando doenças que afastam os médiuns, as pessoas, etc.
"Ai daquele que provoca um escândalo, mas o escândalo é necessário"
A roupagem fluídica dos Exus, variam de acordo com o seu grau evolutivo, função, missão e localização. Normalmente, em campos de batalhas, eles usam o uniforme adequado. Seu aspecto tem sempre a função de amedrontar e intimidar.
Suas emanações vibratórias são pesadas, perturbadoras. Suas irradiações magnéticas causam sensações mórbidas e de pavor.
É claro que em determinados lugares, eles se apresentarão de maneira diversa. Em centros espiritas, podem aparecer com "guardas". Em caravanas espirituais, como lanceiros. Já foi verificado que alguns se apresentam de maneira fina : com ternos, chapéus, etc.
Eles tem grande capacidade de mudar a aparência, podem surgir como seres horrendos, animais grotescos, etc.
Devemos oferendar aos exus ?
Os exus, como já foi dito, atuam intensamente no sub-mundo astral. Grandes batalhas são travadas entre o bem e o mal. Muita energia é despendida nestas investidas e os exus, por atuarem assim, acabam gastando enormemente as suas reservas energéticas. Depois de vários "dias" trabalhando, eles se recolhem em seus "quartéis" e repõem parte destas energias e aproveitam e estudam, discutem novas táticas, etc.
Quando fazemos alguma oferenda para os Exus, eles "capturam" as energias dos elementos oferendados, ou a parte etérica e "recarregam as suas baterias".
Mas (podemos perguntar), se o exu é um espirito, porque ele precisa de oferendas materiais ?
Como eles estão ligados ao terra-a-terra e ao sub-mundo astral que é muito denso, os exus precisam retirar dos elementos materiais a energia que gastaram em seus trabalhos.
Quais elementos podemos oferendar ?
Devemos tomar muito cuidado com o que oferendamos, pois, os elementos mais densos (sangue, carne, cadáveres, ossos), são atratores de espíritos endurecidos, que sentem necessidade de elementos materiais. Portanto, é melhor manipular elementos suits nas oferendas (frutas, incensos, ervas, etc.)
Posso então um animal sacrificado para um exu ?
Sim, em teoria pode. Mas pensemos bem, um animal inocente, tem que pagar, com a vida para que possamos reabilitar a nossa ligação com um exu ?
Creio que não devemos destruir uma vida por isso. Para harmonizar algo devemos desarmonizar outro ? Não há muita lógica nisso.
Mas, o sangue, por ter um alto teor energético, com certeza restauraria rapidamente as "baterias" de um exu.
Mas, além deste aspecto pouco prático que é o sacrifício de um pobre animal, devemos considerar mais duas coisas :
- Os inimigos da Umbanda, sempre se apegam a este tipo de oferenda para dizer que é uma religião demoníaca. Quando uma pessoa passa em frente a um despacho numa encruzilhada, aquela cena causa-lhe desagradáveis sensações e os seus pensamentos negativos vão se juntar à egrégora negativa já criada com um despacho.
- Oferendas com sangue ou carne, atraem muitos kiumbas, às vezes, impedindo que o próprio exu se aproxime, portanto, estaremos alimentando os vícios destes espíritos.
Resumindo, é melhor não utilizar e manipular este tipo de elemento em oferendas, ebós, sacudimentos, etc., pois os resultados podem ser negativos e prejudiciais. Alem disso, a verdadeira oferenda tem a principal função de reenergizar ou sublimar o próprio médium. Então, o melhor é oferendar elementos não densos, tais como frutas, ervas, velas, incensos, etc.
Além destes aspectos já abordados, vale à pena mencionar os diversos níveis vibracionais, onde os espíritos ligados à Terra, habitam.
Estes níveis são e foram criados de acordo com cada grau evolutivo. Os níveis estão mais relacionados com o mundo da consciência do que com o mundo físico, ou seja, são mais estados de consciência do que um lugar fisicamente localizado.
Como são níveis gerados por espíritos ligados de alguma forma com a evolução da Terra, estes níveis estão vinculados ao próprio planeta. Portanto, quando vemos descrições de camadas umbralinas localizadas em abismo sob a crosta terrestre, devemos entender que embora elas estejam localizadas com estes espaços físicos, elas estão no lado espiritual deste plano físico.
Temos então, Sete Camadas Concêntricas Superiores e Sete Camadas
Concêntricas Inferiores.
A divisão está sempre formada "de cima para baixo" :
- CAMADAS CONCÊNTRICAS SUPERIORES
Sétima, Sexta e Quinta Camadas - Zonas Luminosas
Seres iluminados, isentos das reencarnações. Cumprem missões no planeta. Estão se libertando deste planeta, muitos já estagiam em outros mundos superiores.
Quarta Camada - Zona de Transição
Espíritos elevados, que colaboram com a evolução dos irmãos menores.
Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zonas Fracamente Iluminadas
A maioria dos espíritos que desencarnam, estão nestas camadas. Estão em reparações e aprendizados para novas reencarnações.
SUPERFICIE - Espíritos encarnados
- CAMADAS CONCÊNTRICAS INFERIORES
Sétima Camada - Zona Sub-Crostal Superior
Sexta, Quinta e Quarta Camadas - Zona das Sombras
Zona Purgatoriais ou de Regeneração
Quarta Camada - Zona de Transição
Entre as sombras e as trevas. Zona de seres revoltados e dementados.
Terceira, Segunda e Primeira Camadas - Zona das Trevas -
Zona Sub-Crostal Inferior
Os seres estão em estágio de insubmissos, renitentes e ostensivos às Leis Divinas. Não reconhecem Deus como o Ser mais superior.
A atuação dos Exus, está praticamente em todas as camadas inferiores, com exceção das Terceira, Segunda e Primeira Camadas, que eventualmente eles "descem" para missões especiais ou mandam os rabos-de-encruza, pois estão mais "ambientados" com as baixas e perniciosas vibrações. não que os Exus não podem "descer" até lá, mas porque é desnecessário criar uma guerra com os seres infernais, apenas porque se invadiu aquelas zonas.
A maioria dos livros espíritas, que tratam do assunto dos níveis vibracionais, não chega sequer a mencionar algo além das camadas intermediárias ou médio e alto umbral. Descrevem na maioria das vezes as camadas que ficam as sombras e não as trevas, pois os espíritos que fazem tais incursões não podem ou não devem "baixar" mais, pois somente cabe aos exus, espíritos especializados "descer" tanto.
As Pombas-Giras
O termo Pomba-Gira é corruptela do termo "Bombogira" que significa em Nagô, Exu.
A origem do termo Pomba-Gira, também é encontrado na história.
No passado, ocorreu uma luta entre a ordem dórica e a ordem ionica. A primeira guardava a tradição e seus puros conhecimentos. Já a ionica tinha-os totalmente deturpados. O símbolo desta ordem era uma pomba-vermelha, a pomba de Yona. Como estes contribuiram para a deturpação da tradição e foi uma ordem formada pela maioria por mulheres tinham que saldar suas dívidaas. Atualmente elas vem pela Lei de Umbanda como Pomba-giras para ensinar, e fazer seu resgate do passado.
Se Exu já é mal interpretado, confundindo-o com o Diabo, quem dirá a Pomba-Gira?
Dizem que Pomba-Gira é uma mulher da rua, uma prostituta. Que Pomba-Gira é mulher de Sete Exus ! As distorções e preconceitos são características dos seres humanos, quando eles não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos, distorcendo-os.
Pomba-Gira é um Exu Feminino, não são prostitutas. Na verdade, dos Sete Exus Chefes de Legião - do Sétimo Grau, apenas um Exu é feminino, ou seja, ocorreu uma inversão destes conceitos, dizendo que a Pomba-Gira é mulher de Sete Exus.
Dentro da hierarquia do Exu Feminino (Pomba-Gira), estão divididas em níveis diversas outras pombas-giras, da mesma forma que as demais falanges. É claro que em alguns casos, podem ocorrer que uma delas, em alguma encarnação tivesse sido uma prostituta, mas, isso não significa que as pombas-giras tenham sido todas prostitutas e que assim agem.
A função das pombas-giras, está relacionada à sensualidade. Elas frenam os desvios sexuais dos seres humanos, direcionam as energias sexuais para a construção e evitam as destruições.
A sensualidade desenfreada é um dos "sete pecados capitais" que destroem o homem : a volúpia. Este vicio é alimentado tanto pelos encarnados, quanto pelos desencarnados, criando um ciclo ininterrupto, caso as pombas-giras não atuassem neste campo emocional.
As pombas-giras são grande magas e conhecedoras das fraquezas humanas. São, como qualquer exu, executoras da Lei e do Karma.
Cabe à elas esgotar os vícios ligados ao sexo. Quando um espirito é extremamente viciado ao sexo, elas, às vezes, dão a ele "overdoses" de sexo, para esgotá-lo de uma vez por todas.
Elas, ao se manifestarem, carregam em si, grande energia sensual, não significa que elas sejam desequilibradas, mas sim que elas recorrem a este expediente para "descarregar" o ambiente deste tipo de energia negativa.
São espíritos alegres e gostam de conversar sobre a vida. São astutas, pois conhecem a maioria das más intenções. Estendem os assuntos ou alguma situação, só para que chegue ao âmago do assunto.
As manifestações dos exus sobre os médiuns
Através do dom do oráculo, ou mediunidade, os espíritos conseguem manter intercâmbio com os encarnados. O contato dá-se através das várias modalidades mediúnicas, seja ela a vidência, clarividência, clariaudiência, psicografia, psicofonia, etc.
No movimento umbandista, as entidades, normalmente manifestam-se ou pela incorporação ou pela radiação intuitiva.
A incorporação é a modalidade mediúnica mais utilizada, por várias razões, trazendo as comunicações da "boca" dos próprios espíritos, ou seja, eles estão no momento da manifestação, presentes e próximos aos encarnados. A incorporação traz como beneficio, a confiabilidade das comunicações, já que podemos "ver" o espirito manifestado, reconhecendo-o através de seus próprios movimentos, ações, voz, etc.
Assim, é possível manter estreito contato entre o espirito e o consulente.
Na incorporação, o espirito comunicante, não "entra" no corpo físico do médium, mas apenas toma as "rédeas" da situação, controlando o corpo físico com ou sem a intervenção do médium. O espirito, assim, apenas se aproxima do corpo físico, mas não o toma ou "entra" nele.
A incorporação divide-se pela intervenção ou não do médium em :
Incorporação Inconsciente e Incorporação Semi-consciente
Na Inconsciente, o espirito do médium se afasta e deixa que o espirito comunicante "assuma" o seu corpo. Assim, o espirito do médium, não interfere na comunicação, mesmo estando consciente no plano astral
Na semi-consciente, o espirito do médium se afasta um pouco do corpo, mas mantém ligação consciente com ele, enquanto que o espirito comunicante assume algumas funções motoras do corpo físico. A semi-inconsciência pode variar de intensidade, ou seja, o médium pode ter desde um grande grau de consciência até um grau de quase total inconsciência. O médium, tem, enquanto dura a manifestação, alguns lampejos de consciência, vendo a manifestação como se estivesse distante ou alheio. A noção de tempo, também, é diferente, pois mesmo depois de algumas horas de incorporação, o médium tem a noção de que se passou apenas alguns minutos.
Estas ligações mediúnicas, através da incorporação, são efetuadas pelos espíritos, através do corpo astral do médium. Os espíritos comunicantes, usam, assim, os chacras do médium correspondentes à sua linha de atuação.
É claro que os demais chacras são utilizados, mas há sempre o chacra principal de ponto de contato e manipulação.
Quando a entidade "incorpora" ou nos momentos pré-incorporativos, um médium, pode sentir a diferença vibracional. Assim, um médium experimentado, consegue distinguir uma entidade da outra, pois as vibrações energéticas de cada entidade são diferentes umas das outras.
Um erê (criança) se manifesta utilizando o chacra laríngeo (localizado na garganta ou laringe), por isso que o corpo do médium fala com uma voz mais afinada, do tipo criança.
Os exus por sua vez, também, usam os chacras correspondentes, mas como estão muito ligados ao terra-a-terra, usam bastante o chacra básico ou genésico.
As pombas-giras, como são exus, usam muito o chacra genésico (glândulas sexuais) para se manifestarem. Por dominarem e controlarem as energias relacionadas ao sexo, elas "carregam" este tipo de vibração.
Por esta característica, um médium "sente" uma mudança significativa no seu padrão vibracional, pois uma pomba-gira está "atirando" suas vibrações afins. Por isso, pode-se causar um certo incomodo no médium, pois o seu centro genésico é estimulado no lado astral e suas glândulas sexuais são estimuladas no lado material e ele pode sentir a mesma sensação de excitação. Na verdade é apenas uma energia se manifestando e o médium deve saber diferenciar uma excitação normal de uma manifestação de um exu. Se o médium, cair na tentação e deixar-se levar, ele poderá se prejudicar, gastando a sua energia à toa.
Também, a pomba-gira, por encontrar no médium, energia sexual saturada, esgota-a nos momentos iniciais da incorporação.
Da mesma maneira, a pomba-gira, esgota a energia sexual de um consulente mais excitado. Elas, realmente se divertem com isso, mesmo estando trabalhando seriamente neste assunto.
Também, devemos relevar que muitos médiuns, põe para fora todo a sua libido nos momentos de incorporação de uma pomba-gira. Claro que as pombas-giras reconhecem isso na hora e podem até reajustar a sintonia do médium, dependendo do seu merecimento.
Outro fato muitíssimo importante é a manifestação de uma kiumba passando-se por uma pomba-gira. Deve-se tomar muito cuidado, pois certamente ela estará apenas vampirizando as emanações sensuais do médium, podendo prejudicá-lo seriamente.
Também, devido à classificação dos exus, pode ser que seja mesmo uma pomba-gira, mas uma rabo-de-encruza ou uma de nível bem próximo às trevas. Como elas não tem muito conhecimento do bem e do mal, podem também, prejudicar um médium.
Vale lembrar que às vezes, um consulente, pode ficar fascinado ou encantado com uma pomba-gira. Isso é perigoso para a pessoa, já que pode desequilibrar-se.
O que fazer então ?
"Orai e vigiai" é o lema de todo médium. Devemos estar atentos não com os vícios alheios, mas com os nossos. Devemos direcionar as energias desequilibrantes e transformá-las em energias salutares, em ações benéficas.
Podemos, por imperfeição, ter os nossos vícios sexuais, mas através de um verdadeiro exu pomba-gira, podemos nos curar com a ajuda de nossos esforços.
Quando vemos então um médium, que manifesta uma pomba-gira, e acharmos que está excitado, devemos mantermos vigilantes para que nós não caiamos nas vibrações sensuais que nos prejudicarão. Na verdade o médium, como ser muito sensível, está apenas deixando que as vibrações se manifestem por ele. Um bom exemplo disso, quando um espirito sofredor se aproxima de um médium, este sente todas as dores, como se fossem as suas mesmo, mas na verdade é apenas um reflexo que o médium sente. A vibração é do espirito sofredor.
Apesar de todos estes aspectos, devemos conhecer cada vez mais o trabalho dos guardiões, pois eles estão do lado da Lei e não contra elas. Vamos encará-los de maneira racional e não como bicho-papões. Eles estão sempre dispostos ao esclarecimento. Através de uma conversa franca, honesta e respeitosa, podemos aprender muito com eles.
Estamos numa época que o sobrenatural, o maravilhoso e o milagroso já não existem. As informações devem ser espalhadas e discutidas. não sejamos ingênuos aceitando tudo como verdades absolutas, usemos a razão e o discernimento para separar o joio do trigo. não deixemos, também, que apenas os outros saiam a pesquisar. Empreendemos, também, a nossa viagem ao desconhecido e exploremos os aspectos que até agora manteve-se na obscuridade.
Este ensaio é despretencioso e não tenta encerrar o "Arcano" (segredo) Exu, mas, apenas ajudar às pessoas a iniciarem as suas próprias explorações. Contestar este pequeno trabalho, de maneira racional e desprovida de preconceitos, com argumentos , é para mim um grande presente.
Junho/1999
*- Esta pequena dissertação pode ser utilizada, reproduzida, desde que não se altere o conteúdo e informem a fonte.

Baianos


Linha da Bahia ou Linha dos Baianos

Linha na Umbanda que traz uma mensagem de conforto por estar mais próxima do nosso tempo. Digo isso pois os baianos eram antigos Babalorixás, ou pessoas que de uma certa forma viveram no sertão do Nordeste e trouxeram uma expectativa de vida para a região. Muitos dos baianos são descendentes de escravos que trabalharam no canavial e no engenho.
Os baianos tem um conhecimento muito grande das ervas e do axé. Falam com sotaque arrastado, igual ao povo que ainda mora na Bahia. Muitos baianos também podem pertencer a vida de algum médium (avô, bisavô, tio-avô, etc) para ajudar a família e assim acaba também ajudando aos demais.

Cor : branco
Guia : sementes de coco (coquinho)
Vestes : Roupa branca e casaco de couro. Usa chapéu de couro.
Bebidas : batida e/ou água de coco
Comidas : farofa, melância com farinha, coco, cocada e etc

Pretos Velhos



Senhores da Humildade e da Sabedoria
"Preto Velho cruzou Congo,
Vem chegando de mansinho
As rosas que ele traz nas mãos,
Ele colheu pelo caminho,
Acorda cedo netinho,
Se com Preto você quer caminhar a distância é tão longe,
Preto Velho não pode esperar
É devagar, é devagarinho,
Quem caminha com Preto Velho nunca fica no caminho."


Quem nunca se emocionou com a presença destes amigos espirituais quando se manifestam nos terreiros ? A humildade, sabedoria e aquele jeito "brejeiro" de falar conquista qualquer um... O cheiro bom da fumaça do cachimbo, o ponto cantado que nos remete à perseverança, à esperança e mesmo a uma reflexão de nossa própria natureza. Pretos Velhos, veículos da sabedoria e da humildade, sempre com uma palavra consoladora para todos aqueles que aos milhares, a toda noite, dirigem-se às nossas Tendas, Choupanas e Terreiros ansiosos pelos conselhos de nossos "Pais Pretos".
Trabalhando na linha de Yorimá (ou linha das Almas para algumas vertentes doutrinárias), são Mestres no uso das ervas medicinais, profundos conhecedores da psique humana, dando consultas profundas, sérias em sua conclusões, trazendo alívio e confiança aos que os ouvem.
Mestres da Magia e da "Lei de Pemba", sempre estão a "desmanchar" trabalhos mais intricados e elaborados por Magos das Sombras, não só no plano físico com também e, principalmente , no plano astral. Com a fumaça de seus cachimbos (manipulação do elemento ígneo), destroem algumas larvas de origem astral que se "grudam" ao periespírito do consulente, reequilibrando seu aura.
Atuam com maior intensidade no organismo mental, o qual é centro da vontade, da inteligência, do intelecto. Fazem uma verdadeira atuação nesse organismo, proporcionando maior lucidez na elaboração das idéias concretas e abstratas, atuando em "porções"superiores e inferiores.
Quando da sua atuação mediúnica, alteram o porte de seus médiuns, fazendo-os curvarem-se suavemente, trabalhando sentados. Jamais tomam posições grotescas, mimetizando ou representando certos estados mórbidos. Nos aspectos míticos, muitos querem dizer que estas Entidades Espirituais mantêm "certas deformidades", supostamente adquiridas, em sua última roupagem terrena.
Saravá meus Pretos Velhos !!!

Caboclos


Os Caboclos.



São geralmente espíritos de civilizações primitivas, tais como índios: Íncas, Maias, Astecas e afins. Foram espíritos de terras recém formadas e descobertas, eles formaram sociedades (tribos e aldeias), com perfeita organização estrutural, tudo era fabricados por eles, desde o cultivo de alimentos até a moradia.
Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.
Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham "incorporados" a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.
São subordinados aos Orixás, o que lhes concede uma força mestra na sua personalidade e forma de trabalho, igual aos Preto-velhos.
Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho.
Costumam usar durante as giras, penachos e fumam charutos. Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita beleza, própria dessa linha.
Seus "brados", que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase uma "senha" entre eles. Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons.
Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer. Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter:

Caboclos da mata - Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.
Caboclos da mata virgem - Esses viveram mais interiorizado nas matas, sem nenhum contato com outros povos.
Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.
Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.
A primeira é a "especialidade" de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.
A segunda é diferença criada pela "força da natureza" que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.
Para nós da Umbanda, é importantíssimo saber que a "personalidade" de um caboclo se dá pela junção de sua "origem", "especialidade" e "força da natureza" que o rege.
E é nessa "personalidade" que centramos nossos estudos. Assim como os Preto-velhos, eles podem dar passe, consulta e correntes de energização ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação.
Quando falamos em manipulação, estamos nos referindo desde preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral até manipulação física, como por rezar "espinhela caída".
Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia.
Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.
Como são espíritos da mata propriamente dita, todos recebem forte influência de Oxossi, no sentido apenas do conhecimento químico das ervas, independente do Orixá que trabalhe.
São espíritos que também trabalham muito com passe.
Acreditamos ser pela facilidade de locomoção, já que normalmente trabalham em pé.
São também bastante necessários na hora de um descarrego, pois conseguem acoplar no médium em qualquer posição.
Formas incorporativas e especialidade de caboclos:

CABOCLOS DE OXUM
Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece primeiro ou quase simultâneo no coração (interno).
Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como:
depressão, desanimo entre outras. Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização.
Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar;
Seus passes quase sempre são de alívio emocional.

CABOCLOS DE OGUM
Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.

CABOCLOS DE YEMANJÁ
Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto.
Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.

CABOCLOS DE XANGÔ
São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão.
Trabalham para : emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional.
Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.

CABOCLOS DE NANÃ
Assim como os Preto-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o carma e como ter resignação.
Dão passes onde levam eguns que estão próximos.
Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.

CABOCLOS DE INHASÃ
São rápidos e deslocam muito o médium.
São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa.
Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Inhasã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego).
Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.

CABOCLOS DE OXALÁ
Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização.
São "compactados" para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito.

CABOCLOS DE OXÓSSI
São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito.
Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades.
Esses caboclos geralmente são chefes de linha.

CABOCLOS DE OBALUAÊ
São raros, pois são espíritos dos antigos "bruxos" das tribos indígenas. São perigosos, por isso só filhos de Omulú de primeira coroa possuem esses caboclos.
Sua incorporação parece um Preto-velho, locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco.
Fazem trabalhos de magia, para vários fins.

MAGIA CIGANA DO AMOR



02 ALIANÇAS ( anéis devem ser dourados)
01 FITA COR DE ROSA
01 VELA ROSA
01 PIRES
CANELA EM PÓ

Modo de fazer:

Pegue as duas alianças coloque na fita cor-de-rosa sem dar nó, fazendo apenas a volta como se fosse um laço ,após coloque no pires e por cima polvilhe com a canela, por último ascenda a vela , após o término da vela pega-se as alianças e entrega para a pessoa amada
IMPORTANTE: A canela , o resto da vela e a fita deve ser jogado na água corrente.





Magia Cigana para Firmar o Amor


01 maçã
mel
fita cor de rosa
caneta cor de rosa
02 pedaços de papel branco
01 pires


Modo de fazer:

Pegue a maçã e tire a tampa (deixando-a de lado), faça então uma cova na outra parte.
Escreva em um papel o seu nome e no outro o nome da pessoa amada enrole os nomes, nunca dobre, .
Coloque dentro da maçã , jogue mel e feche com a tampa colocada de lado .
Depois pegue a fita e faça como se fosse um presente com um laço em cima, coloque-a no pires e jogue mel por cima . .
Deixe por 21 dias , após enterre-a em uma vaso ou num jardim e deixe que a terra se encarregue de firmar esse AMOR! .





Magia Cigana da Prosperidade


1ª parte: .
07 moedas do mesmo valor.
sal.
01 pires.
01 vela branca.

2ª parte.
01 vidro com tampa.
cravos-da-índia.
canela em pó.
arroz.
01 vela marrom.


Modo de fazer:

1ª parte.
Coloque as 07 moedas no pires cubra com o sal e ascenda a vela branca.
Após o término da vela retire as moedas e limpe-as jogando o sal fora
2ª parte.
Coloque no vidro ,as moedas, a canela, os cravos e cubra tudo com o arroz . não deve aparecer as moedas. .
Ascenda a vela marrom.
Quando terminar a vela tampe o vidro e guarde-o por 47 dias. .
Após os 47 dias tire as moedas e jogue o restante no lixo. .
Pegue 01 moeda e ofereça a Santa Sara, com as 06 restantes, você poderá fazer um saquinho para carregar (azul ou branco), ou dar a crianças necessitadas ou oferecer todas para Santa Sara .

Os Encatos da Cigana Lola




A Cigana Lola

Espírito que vem em terra para ler e ajudar a compreender fatos da vida das pessoas que a consultam.
Nascida na Romênia, embora viveu grande parte de sua vida terrena nas terras da Espanha, com a sua tribo , sempre respeitando os costumes e crenças ciganas, desde muito cedo aprendeu com os seus a leitura dos baralhos, e a entender os mistérios do esoterismo.
Traz consigo o domínio das cartas do Tarot de Marselha, do Baralho Cigano , do Baralho das Encarnações nunca esquecendo em suas leituras de associar a numerologia e a astrologia,
Os baralhos são um dos mais antigos sistemas de autoconhecimento , ensinado ao longo dos séculos, são apresentados através de figuras nas quais os símbolos muitas vezes, ocultam-se sob imagens herméticas.
Mas com toda certeza, ele vai ajudar à você e em muito resolver os seus problemas.
Como? Através de orientações que serão transmitidas pelos Arcanos desses maravilhosos, Oráculos, pois sabemos que cada um significam algo muito especial.
Cartas estas que serão escolhidas pôr você, na hora em que você transmite sua energia para uma consulta, automaticamente sairão em sua leitura e serão exatamente correspondentes a sua energia do momento, do problema pôr você vivido.
Poderá orientá-lo mas quem usara o livre arbítrio será você. Uma leitura pode levar você a descobrir coisas nunca questionados pôr você mesmo. Quando a pessoa chega para sua primeira consulta, é comum chegarem, com uma expressão desconcertada as vezes até mesmo sem animo e quando terminam parecem outras pessoas saindo com um sorriso confiante, geralmente mais aliviados porque, através da comunicação com as cartas, acabam olhando para dentro de si próprios, fazendo com que a pessoa inicie, um processo de autoconhecimento e busca que, os deixará menos confusos diante de decisões a serem tomadas e emoções a serem trabalhadas.

Esta entidade atende para leitura de baralhos, com hora marcada.
Fone: 2951-2832 falar c/ Luci


ABAIXO LIVROS SOBRE PRÁTICAS DOS CIGANOS
BARALHO CIGANO E TARÔ
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/externo/index.asp?id_link=7300&tipo=17&n1=23&n2=6

Hino da Umbanda e Outros Pontos


Hino da Umbanda




Refletiu a luz divina

Com todo seu esplendor

é do reino de Oxalá

Onde há paz e amor

Luz que refletiu na terra

Luz que refletiu no mar

Luz que veio, de Aruanda

Para todos iluminar

A Umbanda é paz e amor

É um mundo cheio de luz

É a força que nos dá vida

e a grandeza nos conduz.

Avante filhos de fé,

Como a nossa lei não há,

Levando ao mundo inteiro

A Bandeira de Oxalá !






Ponto do Caboclo Sete Flechas


Sete Flechas no Gongá

Êeee caboclo Sete Flechas no Gongá
Êeee caboclo Sete Flechas no Gongá

Saravá seu Sete Flechas
Ele é o rei das matas
Onde o seu bodoque atira ho paranga
Sua flecha mata Êeee
Saravá seu Sete Flechas
Ele é o rei das matas
Onde o seu bodoque atira ho paranga
Sua flecha mata
Êeee





Ponto do Caboclo Ventania

Salve Oxalá salve a virgem Maria
Salve Oxalá salve a virgem Maria


Na força de Abaluae
Já chegou seu ventania
Na força de Abaluae
Já chegou seu ventania

x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x


Sou Ventania de Umbanda, de Umbanda
eu sou filho redentor
Sou Ventania de Umbanda, de Umbanda
eu sou filho redentor

Mas quando eu chego na Aruanda
é pra saravar, com licença de Oxalá
Mas quando eu chego na Aruanda
é pra saravar, com licença de Xango

O porque dos Pontos Cantados


Materia de propriedade do Jornal Umbanda Hoje -
Reproducao autorizada por Marco Valerio Pellizer - Editor
Um dos fundamentos de vital importância par a harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas).
Em tempos imemoriais, o Homem materialista e ligado quase que exclusivamente aos aspectos físicos que o circundavam, tomado de profundo vazio conscienciosa, resolveu traçar caminhos que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência.
Alicerçado em princípios aceitáveis, passou a buscar o elo de ligação para com o Criador, a fim de se redimir do tempo perdido e desvirtuado para outras ações.
Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior.
Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo socio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.
A Umbanda, nossa querida religião anunciada no plano físico em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói - RJ, pelo espírito que se nominou Caboclo das Sete Encruzilhadas, também recepcionou este processo místico, mítico e religioso da expressão humana.
Nos vários terreiros espalhados pelas Terras de Pindorama (nome indígena do Brasil), observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, como queiram, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magístico.
Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantrans, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem.
Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provoca, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.
A Umbanda é capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes, que são as principais e que, por influência dos Pretos-Velhos, receberam os nomes de Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá (Cristo Jesus), precede todas as demais, razão pela qual as comanda.
Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de forma que o responsável pela curimba deve Ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.
Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado.
Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual. Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente) Os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos harmoniometricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins (sempre positivos).
No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados na razão, bom senso e fé de quem os compõe.
Às vezes, porém, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza.
São composições "sem pé nem cabeça", destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores umbandistas.
Cantam curimbas por aí dizendo que Exu tem duas cabeças; que Bombogira (Pombagira) é prostituta e mulher de sete maridos; que Preto-Velho é feiticeiro e mandingueiro; que o Orixá Nanã mora na lama dos rios; que Ogum é praça de cavalaria, e outras incoerências mais.
E quanto ao plágio (cópia adulterada) leitores ? Aí é que a questão se agrava.
É que alguns "espertos" andam a visitar terreiros, ouvindo e decorando pontos pertencentes àqueles templos.
Voltam à tenda onde trabalham ou dirigem, e começam a cantar os pontos aprendidos, com algumas alterações, para disfarçar é claro, e dizem a terceiros que as curimbas são de sua autoria ou de suas "entidades".
Além de modificarem pontos que podem ser de raiz, estão sujeitos a serem desmascarados quando alguém toma conhecimento da origem e da real letra das curimbas.
Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser: Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação; pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá; e outros mais, consoante a finalidade a que se destinam.
Vimos pelo acima exposto que as curimbas, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, Exus, e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda

Os Orixas de Umbanda



Oxalá.

O Pai maior na Umbanda
No Brasil, Oxalá adquire maior abrangência, especialmente na Umbanda, onde é sincretizado como Nosso Senhor Jesus Cristo ou Zambi - entidade suprema para os bantos, a qual por sua vez, é comparável ao Deus católico e ao Olorum iorubá.
Na Nigéria, Oxalá é um dos três avatares de Obatalá, ao lado de Oxalufã e Oxaguiã, que, a princípio, seriam duas entidades independentes, e não apenas "qualidades" de Oxalá como no Brasil. Aqui, Oxalá foi elevado ao mesmo nível hierárquico de Obatalá, que na África, era seu superior. O Obatalá dos nigerianos é uma entidade tão sublime que não costuma se incorporar para se comunicar com os humanos.
Nos altares de Umbanda é comum vermos a figura tranquilizadora do Cristo de braços abertos e não numa cruz, oferecendo seu amor e caridade indistintamente a todos. Sua cabeça aureolada emite a luz do conhecimento espiritual que esclarece questões e apazigua conflitos, abrandando o ardor dos espíritos inflamados. Paz na Terra às pessoas de boa vontade...
Oxalá como a autoridade Suprema na Umbanda. Ele é quem dá as ordens a todos os orixás para virem até a Terra ajudar seus filhos. Sua imagem é qualquer representação de Jesus Cristo, normalmente sem a Cruz.

Não há incorporação de Oxalá na Umbanda.

Cor: Branca.
Flor: Flores brancas em geral (rosas, lírios, cirsântemos, etc).
Guia: Contas de cristal transparente ou miçangas branca-leitosa.


Oxossi.

Oxossi, chefe dos caboclos, é sincretizado com São Sebastião".
São Sebastião, santo e mártir católico é apresentado rendido, amarrado e com flechas cravadas em seu corpo. A relação de S. Sebastião com Oxossi está no símbolo da flecha e do arco. Arquetipicamente, o caçador é aquele que penetra um espaço selvagem buscando algo que apenas será efetivamente validado quando ele voltar à sua comunidade (aldeia, vila ou cidade).
Senhor das matas e da caça. Oxóssi é chefe na linha dos caboclos. Detentor da sabedoria nas folhas da Jurema, Oxóssi é o orixá do trabalho (empregos) e da linha da cura. Muitos caboclos trabalham nessa linha, pelos seus conhecimentos contra as doenças terrenas. Por ser caçador, também é conhecido por suas vitórias contra as demandas. Oxóssi é raramente encontrado nos terreiros de umbanda, mas é muito bem representado pelos caboclos/caciques/índios da casa.

Cor: verde claro, verde folha ou verde bandeira.
Guia: contas de cristal verdes ou contas de cristal verdes e brancas.
Vestes : roupas verdes e brancas ou totalmente verdes. Usam o cocar que pode ser colorido ou totalmente verde.
Flores: samambaias, folhagens e flores em geral.
Local: Matas e florestas.


Xangô.

São Jerônimo, sincretizado com Xangô no Brasil, nasceu de uma família abastada, provavelmente no ano 331, na cidade de Stridova, entre a Croácia e a Hungria. Estudou em Roma, especializando-se na arte da oratória. Como sua juventude fora dedicada à vida mundana, Jerônimo tardou seu batizado e, em carta ao papa, ele vislumbrou para si um batismo de fogo no qual suas máculas seriam queimadas. Após ter copiado dois livros de Santo Hilário, ele decidiu estudar teologia. Mas sua leitura favorita continuava a ser a literatura dos grandes legisladores e oradores, como Cícero.
Aos 43 anos, ele esteve muito doente e permaneceu muito tempo acamado, durante a Quaresma, jejuou e teve visões, vendo-se diante do trono do Senhor.
Resolve dedicar-se a uma vida monástica, isolando-se no deserto de Marônia, na Síria. Livros, penas e nanquim são seus companheiros. Para combater a pensamentos impuros, pegava uma pedra e batia em seu peito, punindo-se... logo após voltava a escrever em hebraico, onde se tornou mestre nessa língua.
O sincretismo entre Xangô e São Jerônimo está no temperamento forte, crítico e na medida que ambos são conhecedores de leis e mandamentos. Xangô tem como lugar às pedreiras. Sua imagem é representada por um ancião sentado sobre as pedras, segurando a tábua dos 10 Mandamentos e com um leão ao lado. Xangô tem sua falange também, o mais conhecido é Xangô Kaô.
Na incorporação de Xangô podemos ver o médium curvado, como uma pessoa idosa e com os braços cruzados sobre o peito, batendo firmemente, assim como S. Jerônimo fazia com as pedras em seu peito para afastar os males da carne e a tentação do espírito.

Cor: Marrom.
Guia: Contas de cristal marrom escuro, com ou sem crucifixo de madeira.
Vestes: roupas de cor marrom e branca.
Local: Pedreiras.


Ogum.

Ogum na Umbanda é São Jorge, ou como os umbandistas chamam São Jorge Guerreiro. As lendas de S. Jorge remontam da época das Cruzadas; sua armadura foi levada da Capadócia para a Inglaterra, de onde é padroeiro. Segundo as lendas, ele teria sido um destemido guerreiro, um vencedor de batalhas, de dragões e protetor de fracos e oprimidos. Por sua personalidade forte de guerreiro, sendo conhecido pelos seus fiéis como "santo forte", "vencedor de demandas", "general da Umbanda", etc.
São Jorge é extremamente popular e, através de sua sincretização com Ogum, tornou-se o padroeiro da guerra e da tecnologia, simbolizando todo aquele que trabalha nas linhas de frente, abrindo novos caminhos e alargando fronteiras.
É fácil entender o porque da grandeza de Ogum, já que ele foi o escolhido, pelo Criador, para ser o comandante de todos os Imalés.
Ogum é o rei do ferro e protetor de todos os que venham a trabalhar com instrumentos metálicos. Conhecido e festejado na África como padroeiro da Agricultura.
Ogum é o orixá que vence demanda, que protege seus filhos e guarda sua casa. Ogum é um orixá que vira na esquerda, pois é chefe de Exu, pois enfrentou eles e obteve respeito dos mesmos, essa característica também pode ser percebida uma vez que seu nome aparece também em pontos cantados de Exu. Sua imagem é de São Jorge sobre o cavalo, mas também pode ser uma imagem de um Ogum especificamente (dependendo do terreiro).
Na Umbanda, Ogum continua comandante (Tata) e guerreiro invencível. Se na África seus sete nomes coincidem com os das sete cidades que formavam o reino de Irê, na Umbanda eles se tornaram as falanges que seguem :
a) Ogum Beira-Mar - age nas orlas marítimas
b) Ogum Iara - age nos rios
c) Ogum Rompe-Mato - age nas matas
d) Ogum Malê - age contra todo o mal
e) Ogum Megê - age sobre as almas
f) Ogum De Lei - age junto com a justiça
g) Ogum de Ronda - age nas ruas, do lado de fora das porteiras.
... e pra cada falange, atuando em uma região ou em conjunto com alguma força.
A incorporação de Ogum é fácil de se perceber: Seus filhos tomam uma forma militar com os ombros retos, peito estufado, andar ereto e com a mão ou dedo esticado acima da cabeça.
Cor: Vermelho e branco
Guia: contas de cristal vermelha e branca, dependendo da falange podem ter maior predominância de uma cor do que de outra.
Suas vestes: são roupas vermelhas e brancas, com uma capa vermelha. Fica a critério do médium o uso do capacete.
Planta: Espada de São Jorge
Flor: Palmas brancas e vermelhas
Local: Humaitá e campinas, beira de trilhos do trem.
Símbolos: espada e lança, além do escudo.
Saudação: Ogum Inhê meu pai! Patacorê Ogum!


Iemanjá.

Rainha do Mar, é um dos orixás mais conhecidos do Brasil. Senhora das águas, não há filho que não faça sua reverência ao por seus pés no mar. Iemanjá é Nossa Senhora da Imaculada Conceição na Umbanda. Iemanjá é conhecida nos terreiros pelo seu canto longo (outros dizem que é uma espécie de choro), suas mãos fazem movimentos para frente e para cima como se fossem ondas do mar. Iemanjá não tem uma falange especifica, porém em sua linha há as sereias e princesas do mar, conhecida por Janaína. Sua imagem é representada por uma mulher de cabelos compridos e negros, com um vestido azul comprido de mangas largas sobre as águas e com flores a sua volta, de suas mãos saem gotas de águas que mais se parecem com moedas (a riqueza do mar), na cabeça uma coroa que pode ter uma estrela no centro.
Iemanjá é, por excelência, um arquétipo da maternidade - generosa, vasta e poderosa como as águas oceânicas que cobrem a maior parte da superfície da Terra.
No Brasil, adorada com igual fervor por fiéis de Umbanda e Candomblé, ela foi alçada à posição de principal figura materna no panteão patriarcal iorubá, aquela que, de cuja união com Oxalá, gerou todos os outros orixás, tendo inclusive, perfilhado Omulu e Oxumaré, adotados da tradição Gegê.
Seu sincretismo com Nossa Senhora, a Virgem-mãe de Jesus Cristo, sugere a supremacia da função materna da mulher. Como Maria, o principal atributo de Iemanjá parece ser a compaixão. Seu reino espiritual é transbordante de perdão e amor incondicional, mesmos sentimentos que marcaram os sermões e curas milagrosas de Jesus nos primórdios da Era. Ela sempre tem ouvidos para escutar seus filhos que vem a Ela, ao qual sempre oferece seu colo para aconchego e consolo. Quando invocada, Iemanjá ajuda os fiéis levando embora seus sofrimentos emocionais para as ondas do mar sagrado.
Tal qual Maria, ela é bendita entre as mulheres por ter-se dedicado de corpo e alma à sagrada função da maternidade. Fechando seus olhos para as nossas faltas, ela roga (e chora) a Deus por todos e cada um de nós pelo nosso bem.

Cor: Azul ou Azul e Branco.
Guia: Contas de cristal azul ou contas de cristal azul e branca (maior predominância do azul).
Flores: Margaridas e rosas brancas e crisântemos brancos e azuis. Vestes: Vestido ou roupa azul, coroa azul e branca.
Local: Mar e Oceanos.


Oxum.

Oxum é o orixá da paz e da união; é a mãe benevolente que nos leva pela mão, para que passemos pela vida nessa Terra. Muitos são seus ensinamentos e todos são voltados para a confraternização. Esse orixá tem na beleza e elegância sua grande identidade. Oxum normalmente é sincretizada com diferentes Nossas Senhoras. No Recife, o povo a identifica como Nossa Senhora do Carmo, já no Rio como Nossa Senhora do Carmo e em São Paulo, como Nossa Senhora Aparecida.
Isso por que Oxum é o orixá regente das águas doces, dos rios e lagos, das cachoeiras. E como a imagem de Nossa Senhora foi encontrada no rio, o sincretismo foi feito.
Sua cor é o azul escuro, mas em muitos terreiros é o amarelo-ouro e ou roxo, isso por que a sereia das águas doces, que traz a felicidade, a saúde, o amor e conforto material aparece como a entidade daomeana Oxumaré/Bessen e então é chamada de "A Mãe do Ouro".
Oxum é sedutora, elegante, exala beleza e feminilidade. Ela foi uma das Três esposas de Xangô na lenda Iorubá. E a responsável pelos ciúmes exagerado de Obá.


Iansã.

Iansã/Oiá é um Orixá forte, determinada e impulsiva. Iansã tem a personalidade guerreira. Ela sempre luta por uma causa nobre e por justiça. Iansã, Senhora dos Ventos, Senhora das tempestades é rápida como eles e não fogem as demandas, sendo sempre muito destemida. É representada na Umbanda como Santa Bárbara, que na história abaixo mostra a determinação pela sua causa nobre.
A história de Santa Bárbara começa quando esta se recusa a casar-se com o homem escolhido por seu pai, Dióscoro. Ser esposa de Deus era sua escolha. Tamanha insubmissão ao poder patriarcal, por volta do ano 225, na antiga região da Nicomédia, também conhecida como Ásia menor, era considerada uma ofensa sem par. O pai encerra a filha numa torre e se ausenta. Ela então abre com os próprios dedos uma terceira janela numa das colunas de mármore de uma sala de banhos recém-construída. As águas da piscina tornam-se milagrosas, curando enfermidades. Não satisfeita, destrói os ídolos que seu pai adora. Seu nome torna-se conhecido por todos, multidões a seguem.
Dióscoro retorna e exige de Bárbara uma explicação. Ela o informa que as três janelas simbolizam a Santíssima Trindade e a morte de Cristo, de quem recebera os dons milagrosos. Não convencido o pai procura uma espada para matá-la e ela foge.
Mais tarde é entregue às autoridades religiosas locais a que a obrigam a abjurar sua nova crença. Ela nega e eles a torturam. Seu corpo é quase dilacerado, mas no outro dia seu corpo se apresenta novamente ileso perante o juiz Marciano, declarando que Jesus a tinha curado.
Rasgam-lhe a carne com instrumentos de ferro, queimam-na com tochas, golpeiam sua cabeça e por fim a obrigam a desfilar nua pela cidade. Quase sem forças, Barbara implora ao Senhor que lhe poupe desta vergonha... E um anjo desde dos céus e a cobre com uma capa de luz. Mesmo assim, ela é condenada a morrer decapitada e o seu pai se oferece como degolador. No mesmo momento em que seu pai ergue a espada, Barbara pede a Deus que aquele que invocasse na morte seu nome fosse salvo. Após executar a sentença, Dióscoro é fulminado por um raio na montanha enquanto descia juntamente com o juiz que a sentenciara.
Iansã é a rainha dos ventos e tempestades, na Umbanda também é reverenciada por Santa Bárbara ou como os umbandistas chamam A Virgem da Coroa. Iansã é a santa de expressão séria e de porte de guerreira, batalhadora e lutadora. Iansã na umbanda incorpora com expressão altiva e com o braço direito estendido para cima e com a mão direita a balançar, como se estivesse chamando os raios.Iansã pode aparecer na corrente tanto na sua própria linha como na linha de Iemanjá - adentrando assim na linha das águas. A imagem de Iansã no terreiro é a imagem de Santa Bárbara, ou seja, uma moça de cabelos claros com uma túnica vermelha por cima de um vestido amarelo, pode estar segurando um ramo ou uma espada.

Cor: amarelo-ouro
Guia: contas de cristal douradas (cuidado na compra para não levar marrom claro)
Vestes: Vestido, túnica e roupas douradas ou puxando o amarelo-ouro. Coroa dourada
Flores: crisântemos amarelos, rosas amarelas e todas as outras flores amarelas.
Local: Pedreiras